Data: 12/03/2013

De: Lorena Cipriano

Assunto: Testemunho!

Bom eu vim dar o meu testemunho!
Eu desde pequena me sentia diferente, sempre observava que meus irmãos eram mais queridos pelos familiares, e pelos meus pais e eu sempre sentia essa diferença e claro que isso me magoava muito, e eu fui crescendo com aquilo na cabeça, de que eu não era querida, e quando eu e os meus irmãos brigavam eles falavam que eu fui achada no lixão (cômico agora, mas era triste pra uma criança) . Os tempos foram passando e gente crescendo e eu descobri que NÃO fui achada no lixão u.ú , era um meio dos meus irmãos me fazerem chorar.
Eu descobri um segredo de família pela minha tia, acredito que ela disse sem querer, mas eu fiquei bastante tempo pensando nisso, e o porque deles me esconderem algo tão sério, mas o tempo foi passando e eu conformei com isso. Faz alguns anos que minhas irmãs foram embora de casa, a Maraline foi por problemas familiares.. Brigas, discussão e outras coisas que na época me envergonhou bastante, daí ficou um vazio, porque tinha aquele costume de se ver todos os dias de sairmos juntas etc...E depois foi a vez da Phamela se mudar e eu fiquei aqui em Nova Ponte com meus pais e o meu irmão. E sempre que tinha alguma discussão entre meus pais, minhas irmãs que demonstravam preocupação, eu era bastante fechada pra dizer algo, e as brigas começaram a surgir com frequência e eu não sabia o que fazer, eu ficava muito perdida e acabava ficando no meu quarto ouvindo tudo isso...e me machucava tanto de uma forma tão intensa e eu escrevia tudo no meu diário, eu era muito revoltada, escrevia só coisas tristes, falava das minhas vontades de sumir, de sair de casa e tal.. Mas sempre me faltou coragem pra isso, eu sempre escutava as conversas dos meus pais de madrugada e meu pai estava traindo a minha mãe e isso me afetou muito, daí um dia minha mãe resolveu falar comigo sobre isso, e eu ouvi tudo, e disse que ela não precisava aceitar esse tipo de coisa, que eu preferia que eles se separassem , mas minha mãe me disse algo que me convenceu do contrário, porque sempre estivemos ao lado do meu pai nas dificuldades, e agora que ele tava bem empregado que tinha ‘’tudo’’ pra irmos pra frente, ela não largaria dele. Mas as brigas continuaram as traições continuaram e eu cada vez mais me fechava eu já nem sentia vontade de sair de casa e fui caindo nas setas do diabo, decidi acabar com a minha dor, peguei uma gilete e comecei a me corta, eu pensando que me contando a dor seria mais forte do que eu sentia por dentro, mas eu não sentia dor, eu sentia prazer de me mutilar e toda briga que tinha eu já ia direto na gilete e cortava meu braço, eu tava tão neurótica com isso, que só esperava uma oportunidade de me cortar e depois que me cortava eu chorava muito e prometia a mim mesma que não faria mais isso. Tirava fotos dos cortes, pra que quando eu sentisse tentada a essa vontade eu olhasse , mas nem assim adiantou... Quando alguma coisa acontecia eu estava lá outra vez, e cada vez eu me cortava mais e mais fundo.. Cheguei a contar 17/18 cortes e os meus pais nunca chegaram a desconfiar, eu tava num estágio que não sentia vontade nem de comer, minha vida era ficar no meu quarto ir trabalhar, as vezes ir ao volei e voltar pra casa. Um certo dia decidi acabar de vez com isso, saí pela casa procurando remédios, juntei vários tipos de remédios e coloquei encima da cama e eu não tive coragem de tomar, eu me sentia covarde, fraca e eu olhava no espelho e me perguntava porque eu não tinha coragem de fazer isso, eu falava que morrer era mais fácil. Daí um dia no Facebook o Ítalo me convidou pra visitar a Igreja e eu disse que ia, cheguei em casa e começou a chover, eu lembro que contei a minha mãe que um menino tinha me convidado pra ir e minha mãe deu um super apoio pra mim ir, mas pela chuva eu disse que não ia mais, daí parou de chover e eu fui. Eu cheguei lá e me senti tão acolhida, foi totalmente diferente do que eu imaginei, e naquele dia eu me senti feliz, chorei muito, eu senti que Deus tava falando comigo. Daí eu viajei fiquei quase um mês na minha irmã Maraline e lá tive outra recaída, ela me disse a coisa mais horrível que aconteceu e eu ainda não estou pronta pra compartilhar isso. Então voltei a me cortar, minha irmã viu e ficou muito chateada comigo, minha tia também ficou preocupada ligou pra minha mãe pra falar que eu tava com depressão e acabou que eu não queria mais voltar pra casa, queria ficar com a minha irmã, mas eu tive que voltar, daí decidi morar com a Phamela em Uberlândia, peguei minhas coisas em casa e fui pra uberlândia, sem falar com o meu pai, só com o consentimento da minha mãe, mas daí meu pai me ligou e mandou eu voltar pra conversar comigo e eu fiquei muito brava porque não queria voltar pra Nova Ponte, mas mesmo assim eu fui, daí no dia que eu cheguei era domingo e tinha culto na Redimir e eu fui ao culto e novamente Deus falou comigo, que o que ele tinha pra mim tava aqui, mas eu ainda sim tava com dúvida e eu fiquei muito confusa, conversei com o Pr Leandro e todos os meus irmãos falando pra mim ficar, e eu sempre falava que ia embora no dia seguinte e nunca dava certo de eu ir embora, sempre acontecia um imprevisto. Daí na sexta feira eu disse que ia embora e a Letícia me disse: ah você não vai embora não. E acabou que eu fiquei e hoje estou aqui dando o meu testemunho, não pensem que não existe tribulações, o inimigo tem tentado muito contra minha vida, tentando me passar medo, movendo objetos no meu quarto, não me deixando dormir, mas eu vou perseverá em nome de Jesus.
Deus levantou pessoas pra me resgatar no momento que eu mais precisei e graças a ele, hoje estou aqui compartilhando com vocês uma fase bem complicada que eu passei e Deus me ajudou a superar. Ahh e eu sou muito feliz por fazer parte da família Redimir. Glória a Deus!

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