CARTA OUTUBRO PR DAVE ROBERSON

29/10/2012 11:05

DAVE ROBERSON

 

Outubro – 2012

Querido Amigo,

           

            Em um de nossos cultos há muitos anos, houve uma linha de oração para aqueles que queriam receber força para mudar. Nesse tipo de linha, a graça de Deus se faz disponível para nos ajudar a trocar nossas fraquezas por Sua força.

 

            Um amigo meu me ajudou a ministrar naquela noite. Quando ele estava quase terminando de orar para as pessoas, o Espírito Santo me disse para entrar na linha também. Assim que obedeci, uma brisa suave veio sobre mim e senti meu espírito ficar mais leve.

 

            Quando me dei conta, estava deitado no chão e o Espírito Santo estava falando comigo. Ele começou a dizer, “Você não sabe nada sobre adoração”. Então Ele me instruiu a adorar a Deus por determinadas horas todos os dias. Ele queria que eu separasse um tempo que me ajudaria a entrar na adoração e entender o que Ele queria me ensinar.

 

            Já que eu estava em um jejum prolongado, eu imediatamente me perguntei, E o jejum? Será que continuo?

 

            O Senhor imediatamente respondeu, “Eu não disse para você não jejuar, mas o jejum não pode lhe dar o que a adoração pode. Nem a adoração pode lhe dar o que o jejum pode”.

 

            Minha mente protestou um pouco, mas então Deus me lembrou de três homens de avivamento; dois dos quais faziam mais de dois jejuns de quarenta dias por ano. Quando pensei na vida desses homens, os altos e baixos de seus ministérios, Deus me ajudou a entender que quando alguém põe toda sua confiança em apenas uma chave espiritual, como o jejum, e crê que ela é a resposta para tudo, haverá certas áreas de sua vida que Deus não poderá tocar.

 

            Enquanto eu estava deitado no chão, comecei a ficar animado com a ideia de ser ensinado pelo Espírito Santo sobre como adorar de uma nova forma. Na medida em que minha mente continou pensando sobre as chaves que Deus havia me mostrado no decorrer dos anos, acabei me sentindo culpado por exaltar uma chave como a resposta de tudo: a oração em línguas. E Deus esclareceu isso para mim. Ele me assegurou de que porque a oração em línguas é um dom de revelação, ela também é o caminho que o Espírito Santo usa para revelar chaves espirituais, como a meditação na Palavra, a confissão da Palavra, o jejum e a adoração.

 

            Então, depois que o Espírito Santo me disse, “Você não sabe nada sobre adoração”, tomei as providências necessárias para separar um momento todos os dias e adorar a Deus; assim, eu descobriria o que Ele queria que eu entendesse. Entrei no meu escritório, fechei a porta e comecei a adorar. Depois de duas semanas de obediência, passei a sentir a Presenaça de Deus como nunca. Ao beber da fonte da adoração, recebi a Presença tangível de Deus que me fez experimentar de primeira mão o que muitos crentes desejam.

 

            Agora, preste atenção. Esta pode ser a chave que você estava procurando. A adoração pode mudar sua fé para sempre, pois ela muda a maneira que você recebe as coisas de Deus.

 

            Não importa quantas vezes eu medite na Palavra, sempre me maravilho com a quantidade de coisas que ainda preciso aprender. Quando penso que sei tudo sobre um versículo, algo se abre nas escrituras, mudando a maneira que eu entendia aquelas palavras antes.

 

            Foi isso que aconteceu comigo um dia enquanto lia a passagem em João 4, onde Jesus se senta no poço de Jacó e começa a revelar Seu coração e o coração do Pai à mulher samaritana. Quando meditei naqueles versículos, recebi um novo entendimento sobre a adoração.

 

            Pela direção do meu espírito, imaginei o encontro de Jesus com aquela mulher repetidas vezes, até que finalmente entendi o que meu Pai Celestial queria não só dela, mas de todos nós: uma comunhão que vem do espírito nascido de novo.

 

            Em primeiro lugar, Deus é nosso Pai. Então, Ele é nosso Senhor. Como nosso Senhor, Ele nos deu vida eterna e garantiu nosso futuro com abundância que é tão infinita quanto Seu poder como Criador. Mas por ser nosso PAI, Deus quer desfrutar de uma comunhão conosco – a intimidade que só podemos Lhe dar quando nascemos de novo e nos entregamos em Seus braços com uma natureza igual a Dele. Então, podemos adorá-Lo com uma admiração de filhos que sabem que não há ninguém como Ele.

 

            Entendi o seguinte: Quando Jesus sentou no poço de Jacó e falou com a mulher Samaritana, Ele estava diferenciando o tipo de adoração que crentes nascidos de novo dão a Deus, o Pai, do tipo de adoração que os santos do Antigo Testamento tinham com Ele. Sob a Antiga Aliança, as pessoas não podiam dar a Deus o que elas não tinham – a adoração que vem da nova natureza de um espírito nascido de novo. Esta é a adoração verdadeira que Deus deseja de seu povo, pois Ele é um Espírito e aqueles que O adoram devem fazê-lo em espírito e em verdade: Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem (João 4:23).

 

            Quando Jesus disse, “Porque o Pai procura a tais que assim o adorem”, Ele não quis dizer que o Pai está passando de igreja em igreja, procurando por um grupo de adoração. Jesus estava dizendo que Deus esperou por todas as gerações até a Cruz, operando o plano de redenção pacientemente, ansiando pelo dia em que Ele pudesse restaurar a nova natureza à raça humana. Uma vez que essa nova natureza foi restaurada através de Jesus, o Pai pode finalmente desfrutar o tipo de comunhão com seus filhos que Ele buscou por quatro mil anos – uma comunhão que vem do novo nascimento.

 

            A questão não é que Deus não teve um relacionamento com os santos do Antigo Testamento; Ele teve, sim. Eles O adoravam através de suas almas e Lhe davam o máximo que podiam do seu ser. Mas por mais que Deus os amasse, Ele só podia desfrutrar um nível limitado de intimidade com eles por causa de suas naturezas de pecado. No entanto, até mesmo aquele pequeno nível de intimidade só era obtido através do véu de purificação do sangue de um animal. O que Deus realmente queria, eles não podiam Lhe dar: a comunhão e adoração que vêm do novo nascimento da mesma natureza que Deus tem, assim como Hebreus 10:4 diz, porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados.

 

            Jesus não podia ter elogiado nenhuma pessoa do Antigo Testamento como João Batista na passagem de Mateus 11:11: Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro maior do que João, o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. De todos os santos do Antigo Testamento -- inclusive os profetas ou sábios, como Moisés, Davi e Salomão – Jesus disse que nenhum homem nascido de mulher foi maior que João Batista. E então, ele continuou dizendo, “O menor no Reino dos Céus é maior do que ele”.

 

            Por quê? Porque antes de Jesus ressuscitar dos mortos, a nova natureza não estava disponível a ninguém. Portanto, sob a Nova Aliança, o menor no Reino dos Céus seria maior que João Batista, pois os santos do Antigo Testamento, inclusive João, ainda nao tinham recebido a nova natureza.

 

            Veja, João ainda não tinha nascido de novo, então não podia dar ao Pai o que Ele mais desejava: a comunhão da nova natureza. Tampouco podia o Rei Davi. A comunhão desses santos com Deus não era suficiente por causa de seus espíritos humanos não regenerados. Mas esse não é o nosso caso; nós nascemos de novo!

 

            Agora podemos entender melhor a exortação de Paulo para os crentes nascidos de novo em Colosso, onde os ataques contra os judeus tentaram forçar os crentes a continuar seguindo a Lei de Moisés. Paulo aletrou os Colossenses, dizendo:

 

Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados,

que são sombras das coisas vindouras; mas o corpo é de Cristo. (Colossenses 2:16,17)

 

            Já conheci crentes que dizem que devemos “guardar o Sábado,” sem entender que o Sábado era uma sombra de algo que viria. Eles não entendem que uma vez que a pessoa que está fazendo a sombra viesse, seria impossível viver na sombra e no lugar de quem está fazendo a sombra AO MESMO TEMPO.

 

            Você já se perguntou por que é que debaixo da sombra – a Lei da Antiga Aliança – qualquer pessoa que ousasse ao menos pegar um pedaço de lenha no Sábado seria apedrejada até a morte?

 

Estando, pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha no dia de sábado.

E os que o acharam apanhando lenha trouxeram-no a Moisés e a Arão, e a toda a congregação.

E o meteram em prisão, porquanto ainda não estava declarado o que se lhe devia fazer.

Então disse o Senhor a Moisés: certamente será morto o homem; toda a congregação o apedrejará fora do arraial.

Levaram-no, pois, para fora do arraial, e o apedrejaram, de modo que ele morreu; como o Senhor ordenara a Moisés. (Números 15:32-36)

Debaixo da sombra, o Sábado simbolizava o descanso no qual você e eu entraríamos quando nascêssemos de novo e saíssemos debaixo do fardo de nossos pecados. Sabemos que Josué não pode dar aos filhos de Israel esse tipo de descanso quando levou-os até a Terra Prometida, de outro modo Paulo não teria dito o seguinte em Hebreus 4:8-10:

 

Porque, se Josué lhes houvesse dado descanso, não teria falado depois disso de outro dia.

Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus.

Pois aquele que entrou no descanso de Deus, esse também descansou de suas obras, assim como Deus das suas.

 

            A única forma de nascermos de novo é pararmos com nossas próprias obras e entrarmos no descanso de Deus. O fato de que o Sábado simbolizava o descanso que eu e você entramos quando nascemos de novo é a razão pela qual a punição da violação do Sábado era tão severa na Antiga Aliança – porque nenhum homem pode ganhar sua salvação através de suas próprias obras. É por isso que Paulo disse em Efésios 2:8,9:

 

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus;

não vem das obras, para que ninguém se glorie.

 

            Os santos do Antigo Testamento, como João Batista, o Rei Davi e o Rei Salomão, esperaram por todas gerações até a Cruz em um tipo de Céu do Antigo Testamento. Era um lugar confortável ao qual Jesus se refere em Lucas 16:22: Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.

 

            Mais tarde Jesus continuou dizendo que o mendigo Lázaro estava sendo consolado nesse lugar. Dessa forma, os santos do Antigo Testamento estavam esperando confortavelmente debaixo da sombra por todas as dispensações antes da Cruz para que Jesus lhes desse uma nova natureza. Então, Jesus lhes tirou da sombra e os levou para o próprio Céu, para estarem eternamente na Presença de Deus.

 

            Não eram apenas os santos do Antigo Testamento que estavam esperando. Toda a criação esperou pelas dispensações até que o Primogênito viesse – Jesus, o Filho de Deus – e nascesse fisicamente na terra: também ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência (Colossenses 1:18).

 

            Sabemos que este versículo está falando sobre uma ressureição espiritual, não natural, pois houve diversas ressureições antes de Jesus morrer e ressurgir. Se Deus estivesse falando de uma ressurreição natural, Jesus não teria sido chamado de “Primogênito nascido dos mortos”.

 

            A ênfase não está na ressurreição natural de Jesus, mas em Sua RESSURREIÇÃO ESPIRITUAL. Após a morte espiritual da raça humana, todos tiveram que esperar pelo Primogênito, para que pudessem sair juntos com Ele da morte espiritual.

 

            Então, quando o Espírito Santo me disse, “Você não sabe nada sobre adoração”, Ele estava falando do Seu desejo de que eu entedesse a diferença entre a adoração do Antigo e do Novo Testamento. De nossa nova natureza, flui uma comunhão sem pecado entre o nosso espírito e o Espírito de Deus, pois Deus é um Espírito e busca aqueles que O adorem dessa forma. Nosso Pai anseia pela comunhão com Seus filhos.

 

            Pense nisso – não precisamos esperar até irmos para o Céu para provar desse tipo de adoração! O Pai espera que comecemos a ter comunhão com Ele neste nível AGORA MESMO, pois não existe nenhum empecilho entre o Senhor e nós. O que nos separava no passado era a morte espiritual. Mas agora fomos trazidos de volta na Presença do Pai. Podemos adorá-Lo e ter comunhão com Ele como se estivéssemos no próprio Céu – apenas porque recebemos uma nova natureza!

 

            Ouça o que estou lhe dizendo. Sei do que estou falando: Essa chave espiritual da adoração pode ser o que você estava procurando.

 

            Deus tentou me introduzir a longos períodos de adoração um ano e meio antes da “repreensão” que recebi naquela linha de oração. Se eu soubesse o que a adoração faria com a minha fé e com a minha habilidade de receber de Deus, eu teria me entregado há muito tempo a essa prática.

 

            A primeira vez que Deus tentou me levar a passar mais tempo adorando foi depois que assisti uma peça de teatro sobre a Páscoa que contava a história da morte e ressurreição de Jesus. Tudo estava perfeito naquela produção: o figurino, os atores, a música. Nada deu errado – nenhuma nota desafinada, nenhuma gafe com o cenário. O inferno estava quente e os anjos voaram. Só havia um problema – NÃO HAVIA UNÇÃO!

 

            Enquanto voltava para casa da peça, perguntei-me por que isso havia acontecido. O que seria necessário para encher aquela peça da Páscoa com a Presença de Deus? Deus aproveitou aquele momento para me ensinar. Ele me deu um tipo de visão que se materializa no espírito, mas que vale pelo entendimento de mil palavras.

 

            Na visão, Deus me mostrou uma pequena pedra sendo jogada em um lago. As ondas que se formaram a partir da pedra encheram o lago. Então, o Senhor me disse, “Quanto mais você adorar, mais o Espírito Santo poderá encher seu espírito com a Sua Presença. As ondas do seu espírito encherão a sua alma, e as ondas da sua alma encherão os seus sentidos. Finalmente, a Presença do Espírito Santo não só rodeará todo o seu ser, ela encherá a atmosfera ao seu redor até que as pessoas ao seu redor sentirão a Sua Presença”.

 

            Você pode imaginar os resultados que esse tipo de adoração causaria à unção de um líder de adoração, ou à mensagem de um pregador, ou a casa e trabalho de um crente? O que essa adoração pode fazer com um descrente que está sempre contra você? Com certeza as emoções podem ser transformadas pela Presença de Deus com a mesma facilidade que se transformam com o tormento e medo!

 

            Quando finalmente me entreguei à liderança do Espírito Santo de entrar na adoração pessoal e me trancar em meu escritório, não tinha nenhuma outra intenção sem ser adorar a Deus. Eu não estava pedindo nada; não queria receber nada. A princípio foi fácil, mas com o passar do tempo, cada minuto parecia uma hora. Às vezes, minha adoração me fazia sentir como se estivesse no deserto – sozinho. No entanto, continuei adorando e algo começou a acontecer. Um tipo de batismo dos meus sentidos se iniciou na medida em que a Presença de Deus veio e permaneceu comigo mesmo depois que eu terminava de adorar.

 

            Parecia que o Espírito Santo queria que eu tivesse comunhão Ele não só enquanto orava por pessoas, mas também nas minhas decisões diárias. Aliás, antes que eu começasse a orar, já podia sentir a Sua Presença. Parecia que Ele queria encher a minha fé com o fundamento das coisas que eu estava esperando receber, como Hebreus 11:1: Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem. Supreendentemente, comecei a ter vontade de adorar mais. Ficou claro que a adoração tinha algo a ver com receber de Deus!

 

            O Senhor me colocou em longos períodos de adoração para me ensinar, pois sabia que eu Lhe obedeceria. Poderia contar muito mais sobre a minha experiência com esse tipo de adoração, mas, por ora, deixe-me encorajá-lo com o seguinte: Separe um momento todos os dias para se entregar completamente à adoração. Até mesmo meia hora é um período bom para começar, pois Deus adora quando você entrega todo o seu ser, derramando tudo o que você é em cada frase de adoração, mesmo por pouco tempo. Use esse momento diário para magnificar e glorificar seu Pai. Dê-Lhe todo o louvor, honra e glória. Ele adora quando você diz repetidas vezes coisas, como “Eu Te amo, Deus Pai. Eu Te amo, Pai. Eu Te adoro e quero Você mais do que tudo”.

 

            Se você tiver fé o suficiente para fazer isso, ficará surpreso com o que Deus fará para você. Veja, não importa quão sofisticadas sejam as suas frases, mas sim o quanto do seu coração e do seu amor você derrama em cada frase de adoração.

 

            Veja o que Efésios 5:17-20 diz sobre a adoração:

 

Por isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor.

E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito,

falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

            Quando Paulo ensina sobre “falar entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração”, ele está se referindo à adoração pessoal.

 

            Quando eu fui diante de Deus para adorá-Lo, não tinha nenhuma outra intenção senão amá-Lo e dar-Lhe toda a glória. Contudo, é impossível que a minha adoração a Deus não tenha um efeito profundo em meus sentidos – e o mesmo acontece com você. Passei a chamar essa experiência de “batismo nos meus sentidos na Presença Dele”.

 

            Veja novamente o que o versículo 18 diz: E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito. Preste atenção nisso: Qual parte de uma pessoa é afetada quando ela se embriaga? Não são seus sentidos naturais? No entanto, Paulo compara os efeitos do álcool aos nosso sentidos serem cheios com o Espírito Santo!

 

            Por que será que Paulo escolheu essa comparação? Em primeiro lugar, por que a maioria dos alcoólatras bebe? Eles bebem para aguentar os problemas da vida. Eles anestesiam seus sentidos com o álcool porque não querem aceitar a realidade de seus problemas.

            Mas não é isso que acontece conosco. Deus precisou nos deixar em um corpo físico. No entanto, pertencemos a um Reino espiritual. Nossos sentidos estão em contato constante com um mundo negativo. Enquanto um alcoóltra escolhe levar a vida anestesiando seus sentidos às coisas negativas, você e eu podemos viver cheios com o Espírito, falando salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor em nossos corações – que é a adoração pessoal.

 

            Quando nos oferecemos ao Senhor em adoração, Sua Presença tem um efeito similar em nossos sentidos aos efeitos que o álcool provoca em um alcoólatra. Contudo, uma das principais diferenças é que enquanto o alcoólatra está FUGINDO de suas responsabilidadas, você e eu estamos CUMPRINDO as nossas. O efeito do álcool na mente de um alcoólatra faz com que ele passe da responsabilidade para a irresponsabilidade. Em contrapartida, a Presença do Espírito Santo quando se move em nossas mentes nos transporta de um mundo de irresponsabilidades para um mundo de responsabilidade, anestesiando-nos contra tudo o que é negativo e que se levanta contra as promessas de Deus. Essa experiência se manifesta através de uma paz sobrenatural que diz, “A operação do Reino de Deus é mais real e mais viva para mim do que a operação deste mundo”.

 

            Durante meus momentos de adoração, eu apenas digo a meu Pai o quanto O amo. Passo um tempo Lhe agradecendo e adorando por tudo que já proveu para mim, de acordo com Efésios 5:20: Sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

            Na medida em que você separar um tempo para momentos de oração diariamente, lembre que Jesus se tornará para você tudo o que você crer que Ele é, de acordo com a Sua Palavra. Você não pode adorar a Deus por uma hora e dizer que Jesus é a sua Cura, sua Provisão, sua Paz e sua Sabedoria sem que Ele se torne todas essas verdades em sua vida.

 

            Então, clame ao Senhor em seu momento sozinho com Ele e ouça com atenção o que o Espírito Santo disser ao seu espírito. Faça qualquer ajuste que Ele instruir você a fazer, trocando suas fraquezas por Sua força e a sua carnalidade pela Sua santidade. Na medida em que você tomar esses passos na adoração pessoal, será muito mais fácil do que antes entrar em um lugar de comunhão íntima. E quando você provar o batismo de seus sentidos na Presença de Deus, você descobrirá que isso era o que o seu coração sempre buscou!

 

Seu colaborador,

 

Dave Roberson