CARTA PR DAVE ROBERSON MARÇO/2013

22/03/2013 12:54

DAVE ROBERSON
 
Março – 2013
Querido Amigo,
 
 
Quando a maioria dos cristãos fala sobre as “obras
da carne”, eles geralmente estão se referindo a des
ejos sexuais,
fornicação, adultério, etc. – aqueles pecados que s
ão considerados mais “graves”.
 
Contudo, existe um outro lado da carne que é igual
mente perigoso, apesar de não ser tão óbvio. Trata-
se da nossa
vontade de justificar ou proteger as áreas da carne
em nossa vida que não estamos dispostos a mudar.
 
Veja, quando alguém toca em uma área de nossa vida
com a qual não estamos prontos para lidar, como a
indiferença,
tornamo-nos muito defensivos ou evasivos. As descul
pas são várias: “Eu estava ocupado”, “Não tive temp
o”, “Tinha um
compromisso”, “Fico muito cansado à noite e não con
sigo orar”.
 
Quando penso no meu próprio andar com Deus, ainda
me lembro dos dias em que eu sabia muito bem como a
rranjar
desculpas para as fraquezas da minha vida que eu nã
o queria mudar. Perdi tanto tempo tentando me justi
ficar diante de
homens apenas para proteger as fraquezas que precis
avam de mudança. Espero que esta carta de ensino aj
ude você ou alguém
que você ama a não cometer o mesmo erro.
 
Quando entrei no ministério tempo integral, eu tin
ha bastante tempo livre. Então, passei a maior part
e daqueles
primeiros anos em oração, principalmente orando em
línguas para minha edificação pessoal. Como eu não
sabia muito sobre
oração na época, não fazia ideia de que parte do pr
ocesso de edificação se manifestaria na operação do
plano de Deus para
minha vida. Consequentemente, de vez em quando Deus
permitia que eu tivesse pequenas visões no meu esp
írito sobre o
futuro, mostrando-me o Seu plano para minha vida.
 
Durante uma dessas visões, vi um grande edifício c
ircular cheio de pessoas sendo salvas e curadas. Vo
cê pode
imaginar como me senti quando, seis anos depois, ob
edeci a Deus e me mudei para Tulsa, Oklahoma, onde
vi esse mesmo
edifício circular – um centro de eventos perto de u
m campus escolar. Parecia que de alguma forma o pla
no de Deus estava se
manifestando.
 
Então, em outubro de 1992, recebi uma visita inesp
erada de Deus com relação às eleições presidenciais
daquele ano e
a posição moral dos Estados Unidos. Deus me mostrou
que a Igreja como um todo estava perdendo seus val
ores morais da
verdadeira justiça e santidade. Em vez de viver uma
vida santa diante de Deus, a Igreja havia começado
a buscar razões na
Palavra para justificar suas vidas promíscuas, perv
ertendo o dom da graça de Deus em uma cobertura par
a o pecado, sem
aceitarem “condenação” para suas ações ímpias.
 
Na realidade, em vez de
condenação
, a palavra
responsabilidade
é mais apropriada nesse caso, pois muitos cristãos
 
acreditam que a “graça” os deixa livres da responsa
bilidade sobre suas ações depois que nascem de novo
.
 
Foi durante essa visitação que Deus também me fez
tomar responsabilidade por certas áreas de minha vi
da que
precisavam mudar caso eu quisesse mesmo cumprir Seu
chamado. É claro que não estou falando de pecados
óbvios, mas, sim,
sobre aquelas “pequenas” áreas da minha vida que eu
queria proteger em vez de mudar. Contudo, a palavr
a de Deus nos alerta
a não deixar de prestar atenção a essas áreas, pois
são “as raposinhas que estragam as vinhas”(Cantare
s de Salomão 2:15).
 
Nessa mesma época em que recebi a visitação sobre
as eleições presidenciais, eu estava dirigindo pert
o de um grande
centro de eventos que estava tão lotado, devido à p
resença de um evangelista, que foi necessário bloqu
ear a entrada de 3 mil
pessoas. Quando preguei no exterior, vi 10 mil mini
stros – batistas, católicos, metodistas, etc. – rec
eberem o batismo no
Espírito Santo durante um período de dois anos. Con
tudo, nos Estados Unidos, nunca vi nada como o que
estava
acontecendo naquele centro de eventos. Isso me fez
pensar sobre o rumo do meu ministério.
 
Imediatamente comecei a inventar desculpas pelas
diferenças entre o meu ministério e o daquele evang
elista e por
que o meu ministério não era tão avançado quanto o
dele e por que eu não estava colhendo a mesma quant
idade de almas que
ele.
 
Uma das desculpas que usei para me justificar foi,
“Deus, eu comecei um pouco tarde. Só entrei no min
istério tempo
integral e comecei a pregar aos trinta e um anos! D
aqui uns anos Você vai ver...”. E o que Deus fez no
s momentos seguintes
mudou a minha vida
 
mundo, o que eu fiz prontamente, mas também me arre
pender de chamar as trevas de luz ao tentar achar d
esculpas para o
meu pecado!
 
Quando inventamos desculpas para nossas falhas é c
omo se estivéssemos dizendo que o plano de salvação
de Deus
não tem o poder suficiente para nos impedir de peca
r. No entanto, o verdadeiro problema é que a maiori
a de nós temos uma
atitude – por mais sutil que seja – que justifica,
oferece desculpas e se espalha para outras áreas de
nossa vida pelas quais não
queremos tomar responsabilidade.
 
Às vezes é muito mais fácil inventar desculpas do
que encarar a responsabilidade de mudar. Mas enquan
to estivermos
nos justificando, estamos na verdade jogando a culp
a ou a responsabilidade de nossas ações em Deus, qu
ando dizemos, por
exemplo, “a tentação era maior que eu pudesse supor
tar” ou “o diabo me forçou a pecar”.
 
Em outras palavras, o que estamos dizendo é que o
diabo nos forçou a fazer algo porque Deus não nos d
eu poder
suficiente sobre todo o poder do inimigo. Ou que a
tentação foi mais do que podíamos suportar porque 1
Coríntios 10:13 não
se aplica ao nosso caso – Não sobreveio a vocês ten
tação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel
; ele não permitirá
que vocês sejam tentados além do que podem suportar
. Mas, quando forem tentados, ele mesmo lhes provid
enciará um
escape, para que o possam suportar.
 
Há muitos anos, houve uma época em que parei de or
ar. É claro que culpei o diabo, a minha agenda, ou
inventei
alguma outra desculpa. E que ninguém ousasse sugeri
r que EU era quem havia decidido parar de orar. O q
ue aconteceu foi
que naquele momento no meu ministério, às vezes 2 m
il pessoas eram salvas ou cheias com o Espírito San
to em um período
de três meses. Como o diabo não queria isso, enviou
um “mensageiro de Satanás” para me atormentar. Acr
edito que ele tenha
sido equivalente a um príncipe das trevas e parecia
que tinha poder suficiente para por uma pessoa no
hospício.
 
De repente, todo seu poder e tormento parecia esta
r alojado na minha mente como um furacão. Eu senti
que a única
forma de alívio era ver bastante televisão, não ora
r ou ler a Palavra e fazer bastantes atividades. Ma
is tarde, quando finalmente
venci esse ataque embora ainda não entendesse exata
mente o que havia acontecido, uma das minhas falas
preferidas era: “O
diabo me fez parar de orar por um tempo” e “o diabo
me forçou” até que Deus disse, “Não, o diabo não f
ez você parar de
orar. VOCÊ decidiu parar de orar e enquanto continu
ar inventando desculpas, com certeza isso vai acont
ecer de novo”.
 
Deus queria que eu parasse de justificar as áreas
da minha vida que precisavam de mudança e por mais
que eu ferisse
meu orgulho, precisava admitir que o diabo não podi
a me forçar a fazer nada que eu não quisesse fazer.
 
 
Quando me pus diante de Deus e confessei meus peca
dos, Seu poder começou a me lavar de toda injustiça
. Senti que
ajustes estavam sendo feitos, dando-me força para c
umprir a Sua vontade como nunca. A coisa mais difíc
il que tive que dizer a
Deus foi, “É verdade, eu não precisava ter me ocupa
do com a televisão e outras distrações durante aque
le ataque do diabo
contra a minha mente e emoções. E quando eu tinha d
ezessete anos, eu não tinha que ter me afastado de
Você. Eu poderia ter
me aproximado de Você”. Quando parei de me justific
ar ou inventar desculpas, Deus disponibilizou Seu p
oder. Ele precisava
da entrega da minha alma para me levar ao melhor qu
e Ele tinha para mim.
 
Deus é tão fiel. Tudo que Ele quer é que sejamos r
esponsáveis e abertos aos Seus ensinos. É nesse lug
ar que podemos
trocar nossas fraquezas pela Sua força. Quando somo
s honestos conosco mesmos e com Ele, nós O liberamo
s para mover
por nós a fim de que cresçamos em nosso relacioname
nto com Ele.
 
Espero que esse ensino tenha ajudado você e o enco
rajado a olhar para sua vida através do amor e da v
erdadeira graça
de Deus – uma graça que nos liberta para crescer Ne
le, liberando-O para mover livremente em nossas vid
as.
 
Seu colaborador,
 
Dave Roberson

Crie um site grátis Webnode