Não perca a visão 28/09/12

28/09/2012 11:28

Filipenses 3:12-14

 

1) ANÁLISE DOS EXEMPLOS

Vamos analisar os exemplos positivos primeiro:

Davi tinha seu Destino Espiritual, que era ser Rei de Israel. Para tanto, Deus o ungiu através do Profeta Samuel. Como saber que Davi recebeu a Visão de Deus e permane­ceu nela, levando a bom termo o seu Destino Espiritual?

A própria Palavra refere-se a Davi como sendo o "Homem segundo o coração de Deus". Se Davi tivesse perdido a Visão não seria assim nomeado. (I Sm 13 1.4 : At, 13:22) Por causa disso, durante toda a sua vida, Davi recebeu do Senhor as Estratégias necessárias para as suas muitas lutas.

Logo na primeira aparição como guerreiro, os soldados que estavam à beira do vale não quiseram enfrentar o gigan­te Golias. Diante da certeza de Davi em enfrentar Golias, Saul ofereceu a sua própria armadura e armas convencionais.

Davi até tentou, mas a Estratégia de Deus para aquela situação era outra. E Davi optou pela pedra e pela funda. E obteve a vitória. Em nome do Senhor do Exércitos (I Sm. 17:31-51)

Outro exemplo semelhante é o de Moisés, cujo Destino Espiritual era ser o libertador do povo do cativeiro no Egi­to. Ele recebeu a Unção necessária e teve a Visão correta, tanto de si mesmo quanto do Deus a quem iria servir. Este processo provavelmente teve início já no Egito, mas foi con­tundente no deserto, durante a visão da sarça ardente e da revelação do grande "Eu Sou" (Ex. 3:14-20).

Moisés permaneceu na Visão. A Palavra irá referir-se a ele como "o amigo de Deus, a quem o Senhor falava face a face"(Ex. 33:11).

Sabemos quantas foram as estratégias de Deus recebi­das por Moisés!

 

Naturalmente os exemplos negativos também têm a sua vez:

Como Nadabe e Abiú. Cuja natureza carnal levou-os a ofe­recer fogo estranho ao Senhor. Estratégia errada! Perde­ram a Visão da Santidade do Senhor e do propósito ao qual tinham sido chamados. E foram consumidos (Lv. 10:1-3).

Saul também é um exemplo de como a perda da Visão leva o indivíduo a receber Estratégias erradas, fruto do egoísmo e orgulho da própria alma. Fruto da desobediência (I Sm. 15.10-30 ; I Sm. 13.8-14).

Salomão, embora com toda a sua sabedoria, corrompeu-se por causa dos prazeres mundanos e sua associação com mulheres estrangeiras. Este foi o princípio do seu erro: sua desobediência. Pois o Senhor havia advertido claramente contra este tipo de casamento, "porque perverteriam o seu coração" (i Re. 11:1-3). Salomão perdeu completamente a Visão da fidelidade para com Deus, e também do seu papel como líder de Israel. Sua ruína foi total, tão grande que ele chegou a inclinar-se perante Astarote e Moloque, dentre outros, permitindo sacrifícios a estes demônios!

 

O processo pode ser também coletivo:

O Povo de Israel pereceu no deserto porque perdeu a Visão de Deus e também de quem eles eram e do que deve­riam conquistar. E do que podiam em Deus. Tudo isto foi substituído por uma visão de Incredulidade! (Nm. 13:25-33; Nm. 14).

Ao invés de entrarem em Jerico, permaneceram 40 anos no deserto até que toda a geração incrédula fosse consumida. A Unção de conquista que eles já tinham recebido não se manifestou, o Destino Espiritual daquela geração não foi cumprido. Canaã foi conquistada, mas não por eles. O plano de Deus nunca será frustrado, mas Ele não depende de ho­mens. Se nós nos colocarmos em posição de desobediência, Deus levantará outro em nosso lugar, para fazer o que não fizemos.

 

Esta perda de Visão, individual ou coletiva, pode ser temporária ou permanente.

Foi permanente nos exemplos anteriores: Nadabe e Abiú morreram; Saul perdeu o trono; a geração incrédula pere­ceu no deserto. E quanto a Salomão, é controverso saber se houve arrependimento genuíno ou não, pois ele sofreu séri­as conseqüências (Elas só não foram maiores por causa da fidelidade de Deus a Davi, Seu servo - I Re 11:31-40).

Analisemos, portanto, uma perda temporária da Visão. Isto aconteceu, por exemplo, quando o povo reconstruía o Templo de Jerusalém sob a direção de Zorobabel. Por cau­sa da ação dos inimigos, eles pararam de trabalhar (Ed. 4:1,21-24), e o trabalho ficou parado por quase dezesseis anos, desde o começo do reinado de Ciro (536 a.C.) até o segundo ano de Dario (520 a.C).

A Visão foi restaurada e o trabalho pôde ser retoma­do apenas após exortações Proféticas (Ed. 5:1-2 ; 6:14-15). E a obra foi completada ainda sob a direção de Zorobabel, governador de Judá.

 

ENFIM: As causas de perda de Visão são basicamente as que se seguem:

•        incredulidade - Israel diante de Jericó.

 

•        Rebeldia e desobediência / idolatria - Salomão e o culto aos deuses das suas mulheres (I Re 11:1-13); Israel e Judá antes do exílio (II Re 17:5-23 ; II Re 25:8-22 - não analisado no quadro).

 

•        Orgulho/Carnalidade - Saul/ Nadabe e Abiú.

 

•        Ação dos inimigos - Reconstrução do Templo

 

E fácil perceber que quando se perde a Visão, a Unção deixa de se manifestar. O Ministério fica desvirtuado, dei­xamos de receber Estratégias. Enganados, andamos à deri­va. E deixamos de cumprir o nosso Destino Espiritual. Em duas palavras: perdemos a bênção!

Este - dentre outros - é um dos inúmeros problemas que a Igreja de hoje vem enfrentando.

 

Estamos perdendo a Visão do Reino!

A Igreja existe, na maior parte das vezes, apenas para agradar a si mesma....! Mas a verdade é que cada um precisa estar no devido lugar, exercendo corretamente o seu papel, debaixo da orientação de Deus, para a edificação do corpo (I Co 12:27-31 ; Ef. 4:11-16).

Os últimos tempos seriam tempos difíceis para o Povo de Deus. Tempo em que o amor se esfriaria de quase todos, e a iniqüidade aumentaria (Mt 24 12); tempo de mornidão... (.Ap 3 14-17) tempo de apostasia... (I Tm. 4:1-2); tempo de engano... (Mt. 24.4-5,11).