O Evangelho é irrelevante na Plantação de Igrejas?... pense nisso! 20/07/2012

20/07/2012 09:13

O Evangelho é irrelevante na Plantação de Igrejas... pense nisso!


O que mais tem preocupado a faceta missionária das igrejas históricas ultimamente?Plantação e revitalização de Igrejas. Encontros, palestras, livros, teses, treinamentos, etc. Isso tudo chegou em uma boa hora, dado ao fato que as seitas neopentecostais tem enchido o país com seus barracões que visam a aglomeração de pessoas, oferecendo algo para receber algo.
 
 
Obviamente as Igrejas históricas não alcançarão, nunca, o que as seitas neopentecostais tem alcançado. Os motivos são:
 
 
1) As Igrejas históricas possuem estruturas ‘complicadas’ que não correspondem ao clima atual de fest food
 
2) As Igrejas históricas exigem mais envolvimento: Dedicação pessoal, intelectual, familiar e não apenas um envolvimento financeiro com suas barganhas.
 
3) O Brasil foi religiosamente ‘catolizado’: Tal sentimento religioso coloca pessoas nos bancos aos domingos, sem um compromisso ‘leigo’ com a Teologia e com a Igreja atuante. Os grupos neopentecostais aproveitam isso.
 
4) As Igrejas históricas prezam muito a doutrina bíblica: Isso não quer dizer frieza, mas dedicação do entendimento e da alma para com os postulados doutrinários cristãos. Não existe uma ânsia em estimular a adrelina nos cultos tradicionais, o que acaba não dando um ar eufórico nos ajuntamentos.
 
5) As Igrejas históricas , não oferece nada para seus membros: A PRAGA DA TEORIA da Prosperidade é a propaganda da mídia consumista com vestimenta evangélica. O diabo vomitou nos púlpitos esse desvio evangélico.
 
 
 
Pois bem...

 
Para aliviar essa desigualdade, as igrejas históricas têm buscado caminhos alternativos: Encontro de casais, Cursos, projetos filantrópicos, ação social, etc. E na plantação de igrejas, alguns tem usado pesquisas de campo para saber o ‘apetite’ da clientela, para lhes oferecer “uma igreja relevante”... E é aqui mora o perigo.
 
A Bíblia diz que devemos sim fazer o bem, especialmente para os da família da fé (nada de errado em sermos ou termos projetos filantrópicos, desde que a sua natureza seja claramente identificada e não seja uma ‘enganação evangelística.’). A Bíblia diz que o mensageiro pode e deve se adequar ao contexto cultural para onde foi enviado (nada de errado em conhecer o contexto e estudá-lo, para a adaptação DO MENSAGEIRO e não DA MENSAGEM). Mas apesar disso, uma verdade continua intacta:
 
 
O Evangelho é irrelevante e sem sentido para os homens ímpios!
 
 
A palavra de Deus diz:
 
 
Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem... na sabedoria de Deus o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria... Cristo crucificado, escândalo para judeus, loucura para os gentios...”
 
 
Olhe bem as definições da Palavra sobre o Evangelho:
 
 
1º) Loucura para os gregos: Não havia algo de filosoficamente relevante para essa classe. E parece que o Apóstolo não se preocupou com isso, antes estabeleceu.
 
2º) Escândalo para o judeus: Algo escandaloso é meio complicado ser apresentado como ‘atraente’. Mas esse é o Evangelho.
 
 
Não devemos pregar o Evangelho colocando nele o que Deus não colocou. Isso seria um estupro teológico. Deus prefere salvar pela loucura da pregação do Evangelho. Afinal, o que de relevante tem para uma pessoa em nosso século XXI, dizer que um homem morreu na palestina há quase dois mil anos para lhe dar paz com Deus!?!?Isso enche o meu e o seu coração de alegria... mas é assim, Deus nos salvou e agora não é loucura nem fraqueza, mas o poder de Deus.
 
 
Tenha apenas ‘uma mensagem’ em sua boca na plantação de igrejas:
 
 
Jesus Cristo é o Soberano que exige sujeição, com arrependimento e conversão!
 
 
Alguns têm sugerido que Atos 17.16-34 é uma prova de ‘adequação cultural’ na plantação de Igrejas. Ao ler a passagem, porém, não vejo um Evangelista diluindo a mensagem. Na realidade, ele estava diante de um auditório despido da vestimenta judaica. Daí ele finaliza a mensagem não com um clamor filosófico, contextualizado, mas louco: “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (At 17.31). O fato de alguns se interessarem na mensagem, não confirma em nada a ideia de adaptações, pois ele citou coisas comuns aos ouvintes para iniciar seu sermão. Alguns fazem um barulho muito grande em torno do versículo 23, por causa de uma introdução homilética!!!
 
 
Ao contrário, observe bem o desfecho do caso:
 
 
“Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns escarneceram, e outros disseram: A respeito disso te ouviremos noutra ocasião. A essa altura, Paulo se retirou do meio deles. Houve, porém, alguns homens que se agregaram a ele e creram...”(At 17.32,33,34.A).
 
 
O desinteresse pela mensagem é normal, por isso escarneceram. O interesse curioso (ou filosófico no caso) também não interessa, pois nasce de uma visão errada da mensagem, por isso queriam ‘ouvir mais’. Lucas conta (PORÉM) que alguns creram!
 
 
CONCLUSÃO
 
Devemos adaptar a apresentação do Evangelho não com base na cultura ou gostos das pessoas, mas na qualidade e quantidade daquilo que iremos falar!
 
Como e o que falar dentro do Evangelho? O que meus ouvintes já sabem sobre o que estou falando? Posso começar de onde sabem? Essa é a única adaptação que creio ser bíblica. Jesus nos deu exemplo:
 
“Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não podeis suportar agora...”(Jo16.12).
 
 
Enviado por Luís Filipe C. de Melo
Missionário da Igreja Presbiteriana do Brasil
Av. Presidente Vargas, 1193, Centro, Nova Ponte - MG.
CEP: 38.160-000              CEL: (34) 9218-6220 (TIM)

 

 

Editado por Pedro Gennar